Existem muitas histórias e lendas sobre a origem da criação do "Bicho da Seda", e muitas delas vem da china, vamos contar algumas aqui! Espero que gostem!!
"Conta-se que na China, a imperatriz Xi Ling-Shi estava passeando quando avistou uma pequena lagarta. Curiosa, tocou-a. E, de repente, percebeu que um finíssimo fio se destacara do animal e, alongando-se (delicada, mas resistente) manteve-se preso ao seu dedo. Docemente, a imperatriz enrolou o fio e quanto mais enrolava mais este se alongava. Notou, também, que produzia uma sensação morna muito agrádavel. Quando já havia se formado um significante novelo avistou um pequeno casulo e, logo, concluiu era ali que se produzira o fio. Feliz com a descoberta divulgou-a entusiasticamente."
Mais um mito e lenda...
"Lei Zu, a concumbina do Imperador Xuanyuan da China Antiga, é reconhecida como a criadorada da sericultura. Conta a lenda que Lei Zu estava bebendo água em uma floresta de amoreira quando alguns bichos da seda selvagens caíram dentro da sua tigela. Quando tentou remover os animais, ela descobriu que eles guspiam uma longa linha. Foi a partir dali que ela começou a criar bichos da seda e usar a linha para fazer produtos texteis. Assim, ela ganhou apelido de "Deusa do Bicho da Seda" do povo chinês.
Até hoje, a cidade de Huzhou, na província de Zheijang, mantém como tradição local um festival, e é realizado no início de abril pra celebrar Lei Zu pela sua contribuição."
Outra história, mito e lenda...
"Era uma vez uma linda imperatriz chinesa chamada Hish-Ling-Shi. Ela morava em Pequim num lindo palácio, repletos dos mais lindos objetos vistos pelos olhos humanos. A princesa porém, era uma mulher que adorava estar em contato com a natureza; assim, todas as tardes tomava chá debaixo de um frondoso pé de amoreira no jardim de seu palácio. Numa tarde, ela cumpria seu ritual, quando reparou que algo caiu dentro de sua xícara de chá quente. Era um pequeno casulo. A imperatriz ficou maravilhada com o que viu! Em sua xícara de chá quente, o casulo foi desprendendo o mais lindo e brilhante fio que ela tinha visto! Aliás, duvidava se toda a China tivesse visto igual beleza! Muito contente com sua descoberta, a imperatriz Hish-Ling-Shi, correu para falar com seu marido, o imperador Hwang-Té. O imperador também ficou maravilhado com a textura especial daquele fio e resolveu guardar segredo daquela fantástica descoberta. Depois desse episódio, todos os dias, os empregados do castelo recolhiam os casulos do bicho da seda que eram usados para fazer os vestido mais fantásticos para Imperatriz Hish-Ling-Shi. Um dia, o imperador resolveu dar um baile para mostrar a todos a beleza de sua Imperatriz. Hish-Ling -Shi foi à festa com o mais lindo vestido já visto. Era feito de fios tão brilhantes como o brilho da lua . Todos os convidados ficaram encantados e acharam que era um tecido mágico. Depois que o imperador revelou a todos de onde vinha aquela formosura, os chineses resolveram guardar segredo de tão maravilhosa descoberta. Eles prometeram nunca revelar para ninguém o segredo daquele fio especial, que fazia os mais lindos tecidos vistos pelos olhos humanos . E este foi um dos segredos mais bem guardados do mundo."
O segredo da fabricação do fio mágico mais macio e lindo da face da terra: "A seda!"
Mais uma lenda que veio da china indicando que a criação do bicho da seda aconteceu por acaso...
"Uma Imperatriz chinesa, por volta de 2.600 a.c, tomava seu chá, nos arredores do palácio em baixo de uma amoreira, quando um casulo do bicho da seda caiu em sua xícara de chá fervendo, e amolecido ele desenrolava, formando um fio."
"Os chineses tiveram exclusividade na fabricação da seda por cerca de 3 mil anos. O governo chinês, ciente do valor comercial da seda, proibia a exportação de ovos de mariposas e sementes de amoreiras, chegando a condenar à morte os considerados traficantes. Conta-se que os europeus só romperam este bloqueio quando um imperador romano enviou espiões disfarçados de monges à China, que conseguiram esconder alguns ovos de bicho-da-seda dentro de bambus e os levaram para a Europa."
Uma lenda japonesa...
Texto e desenho: Claudio Seto
"Há muitos e muitos anos, havia uma linda jovem chamada Kinu (seda), numa aldeia famosa pelo cultivo da sericultura. Anualmente, na primavera, muitos dekasseguis (trabalhadores temporários) vinham para essa região e trabalhavam no corte dos galhos de amoreiras. Nessa época, a aldeia ficava muito populosa e todos trabalhavam felizes e com grande entusiasmo. Conseqüentemente, havia muitas festas na região. Os bichos da seda alimentavam-se das folhas de amoreiras cortadas e colocadas nos barracões pelos trabalhadores e faziam seus casulos nos galhos.
Quando terminavam os trabalhos de colheita dos casulos, os dekasseguis voltavam para suas províncias de origem e a aldeia voltava a ser pacata e até solitária.
A família de sericultores que acolheram Kinu temporariamente percebeu que, em todos os anos em que ela trabalhou na cultura da seda em suas terras, os casulos eram maiores e mais brancos, sendo considerados pelo comprador da produção melhores que os da China.
No final da temporada daquele ano, os sericultores fizeram grandiosa festa em agradecimento aos dekasseguis pelo trabalho e serviram um delicioso banquete. Durante a festividade, tentaram descobrir de que região do Japão Kinu teria vindo trabalhar, mas foi em vão. Ela nada contou, esquivando-se com respostas educadas. Assim, ninguém ficou sabendo de onde ela veio, nem para onde retornaria após a temporada de trabalho, nem sobre sua família.
Na hora da partida, a família que a acolhera naquele ano pediu encarecidamente que Kinu voltasse no ano seguinte. Ela despediu-se de todos e deixou a aldeia por uma estrada estreita. Para assegurar que ela voltaria na próxima temporada, alguns aldeões a seguiram sorrateiramente no meio da mata.
Porém, poucas horas depois de sair da aldeia, ela desapareceu de repente. O local onde ela desapareceu era na beira de um lago. Os aldeões vasculharam toda margem, mas não a encontraram. Um dos rapazes observou que no lago havia um ovo branco de serpente, fora isso, nada havia de diferente.
Na primavera seguinte, ela não apareceu, apesar de todos a esperarem ansiosamente. Alguns membros daquela família de sericultores viram várias vezes uma serpente branca andando na plantação de amora e no barracão da seda. Apesar de Kinu não ter aparecido, mais uma vez os casulos colhidos naquele ano foram brancos e bonitos.
A família concluiu que aquela serpente branca que eles viram era Kinu. Transformada em serpente, ela estava protegendo os bichos da seda contra os ratos.
Assim, fizeram uma estatueta com a forma dela e a colocaram num santuário Shintô (religião originária do Japão) na primavera, para ser reverenciada como deusa da seda. Após a temporada da seda, os aldeões, agradecidos, levam a estatueta até um lago e a colocam num pequeno barco, mandando-a de volta. Ainda hoje, em muitas aldeias de sericultores no Japão, esse ritual é praticado em reverência a Kinuhime, a deusa da seda."
Uma lenda japonesa...
Texto e desenho: Claudio Seto
"Há muitos e muitos anos, havia uma linda jovem chamada Kinu (seda), numa aldeia famosa pelo cultivo da sericultura. Anualmente, na primavera, muitos dekasseguis (trabalhadores temporários) vinham para essa região e trabalhavam no corte dos galhos de amoreiras. Nessa época, a aldeia ficava muito populosa e todos trabalhavam felizes e com grande entusiasmo. Conseqüentemente, havia muitas festas na região. Os bichos da seda alimentavam-se das folhas de amoreiras cortadas e colocadas nos barracões pelos trabalhadores e faziam seus casulos nos galhos.
Quando terminavam os trabalhos de colheita dos casulos, os dekasseguis voltavam para suas províncias de origem e a aldeia voltava a ser pacata e até solitária.
A família de sericultores que acolheram Kinu temporariamente percebeu que, em todos os anos em que ela trabalhou na cultura da seda em suas terras, os casulos eram maiores e mais brancos, sendo considerados pelo comprador da produção melhores que os da China.
No final da temporada daquele ano, os sericultores fizeram grandiosa festa em agradecimento aos dekasseguis pelo trabalho e serviram um delicioso banquete. Durante a festividade, tentaram descobrir de que região do Japão Kinu teria vindo trabalhar, mas foi em vão. Ela nada contou, esquivando-se com respostas educadas. Assim, ninguém ficou sabendo de onde ela veio, nem para onde retornaria após a temporada de trabalho, nem sobre sua família.
Na hora da partida, a família que a acolhera naquele ano pediu encarecidamente que Kinu voltasse no ano seguinte. Ela despediu-se de todos e deixou a aldeia por uma estrada estreita. Para assegurar que ela voltaria na próxima temporada, alguns aldeões a seguiram sorrateiramente no meio da mata.
Porém, poucas horas depois de sair da aldeia, ela desapareceu de repente. O local onde ela desapareceu era na beira de um lago. Os aldeões vasculharam toda margem, mas não a encontraram. Um dos rapazes observou que no lago havia um ovo branco de serpente, fora isso, nada havia de diferente.
Na primavera seguinte, ela não apareceu, apesar de todos a esperarem ansiosamente. Alguns membros daquela família de sericultores viram várias vezes uma serpente branca andando na plantação de amora e no barracão da seda. Apesar de Kinu não ter aparecido, mais uma vez os casulos colhidos naquele ano foram brancos e bonitos.
A família concluiu que aquela serpente branca que eles viram era Kinu. Transformada em serpente, ela estava protegendo os bichos da seda contra os ratos.
Assim, fizeram uma estatueta com a forma dela e a colocaram num santuário Shintô (religião originária do Japão) na primavera, para ser reverenciada como deusa da seda. Após a temporada da seda, os aldeões, agradecidos, levam a estatueta até um lago e a colocam num pequeno barco, mandando-a de volta. Ainda hoje, em muitas aldeias de sericultores no Japão, esse ritual é praticado em reverência a Kinuhime, a deusa da seda."
Nenhum comentário:
Postar um comentário